Dançar é uma paixão, mas para manter acesso o fogo desta paixão e preciso trabalho ardo, dedicação, disciplina, respeito e muito amor por cada passo que damos...

*Por: Mary... Mariana de Oliveira...

Divulgando todas as artes através da arte de dançar....


quarta-feira, 2 de março de 2011

Como o Tango e a dança de salão me ajuda a ser uma pessoa melhor...



A primeira coisa que notei nas aulas de dança de salão e nas aulas de tango principalmente  foi que  temos um “Líder”  e  um “Seguidor” .Para descrever cada um do casal nós usamos “Cavalheiro” e “Dama”. Até aí nada demais. Mas não deixo de pensar nesse jogo de palavras…

Não existe isso de “um comanda, o outro obedece” ou “um lidera e ou outro segue”. Não é tão fácil assim. Sabe, como tudo na vida, não podemos ser apenas “zeros” ou “uns”.

O que cada “Líder / Cavalheiro” faz (ou DEVERIA fazer) é meramente convidar a “Seguidora / Dama”, que pode aceitar ou não. Claro, não haveria dança se ela não aceitasse tal convite… Mas veja isso como uma questão de intenção, de bondade do cavalheiro para com a Dama.

Primeiro, você convida a dama a se mover com você. Ela ainda decidirá sobre isso. Ela te sente primeiro. Ela sente sua intenção, seu peito, seu corpo inteiro, apenas depois disso ela pode dizer (com o corpo dela): “Eu aceito…”. Aí sim, você move. Mas novamente, você não “se move” apenas. Você não pode simplesmente pensar “Quero ir ali. Vamos.”. Você não pode atropelá-la. A cada centímetro movido, você tem que senti-la, você tem que saber onde ela está. Você tem que saber onde ela está indo, onde VOCÊ a está convidando a ir. E finalmente, você se certifica de chegar com ela, e não apenas “coincidentemente ao mesmo tempo” que ela. Portanto, quase paradoxalmente, nesses momentos, o “líder” está seguindo a “seguidora”. Realmente algo poético. Algo como o ying-yang.





Esse é o tipo de coisa que eu amo na dança de salão em geral, em especial no Tango. Não se vê isso nas boates (onde “todo mundo” gosta de “dançar” hoje em dia). Você realmente pensa na pessoa na sua frente. Você não dança apenas na companhia dela (ou vice-versa), você dança com ela.

E como isso me ajuda a ser uma pessoa melhor? Bem, como seria bom se as pessoas, em todo relacionamento (não apenas como parceiros de dança, mas de amizade, profissionalmente, afetivamente…), se importassem com o outro dessa maneira?… E se todo mundo se importasse com o “onde estou indo?” e “pra onde estou liderando as pessoas próximas de mim?” em cada “passo” da vida?… E se todo mundo se importasse em não “atropelar” o outro só porque ele pensa que está no movimento certo? E mesmo que deveras seja o movimento certo a se fazer, vamos nos assegurar que o outro esteja de fato indo com a gente. Vamos chegar lá juntos…

Não estou dizendo que faço essas coisas com êxito, mas estou feliz por pelo menos já estar pensando nisso e tentando a agregar isso em minha vida.

Com tudo isso dito, quem dirá que Arte é inútil?

Autor(a): Desconhecido * Texto adaptado.

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